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De acordo com o dicionário Oxford, a palavra algoritmo, que significa um procedimento ou conjunto de regras para cálculo ou solução de problemas, data do início do século 19. Somente nos dias recentes, a palavra passou a fazer parte do discurso cotidiano, relacionada especialmente com computadores. A programação é basicamente um processo de criação de algoritmos ou de adaptação dos existentes. A crescente prevalência de algoritmos hoje em dia reflete a onipresença dos computadores na nossa vida diária, especialmente considerando que qualquer pessoa com um smartphone está, na realidade, com um pequeno computador.

Os algoritmos são amplamente usados, por exemplo, para aceitar e rejeitar pedidos de empréstimo e outros produtos financeiros. Também são utilizados para alocar recursos de policiamento nas grandes cidades e para prever a probabilidade de um indivíduo cometer ou ser vítima de um crime. Outro uso em franco crescimento é feito pelos recrutadores para reduzir o número de candidatos a um emprego, fiscalizar testes online e até mesmo entrevistar candidatos. O software verifica os currículos em busca das palavras-chave selecionadas pelo recrutador e gera uma pontuação para cada candidato.

O problema é que os algoritmos podem gerar nessas atividades ou nesses usos os chamados side effects, efeitos indesejados que resultam inclusive em discriminação. Há diversos exemplos demonstrando que os algoritmos de machine learning produzem resultados que seus criadores jamais poderiam ter imaginado, com tratamento de dados pessoais inadequado ou ilegal. Esses algoritmos não são apropriados para compreender relações ou causalidade. Ainda assim, continuam sendo utilizados para esse propósito.

Confira o artigo na íntegra assinado por John Naughton para o The Guardian.

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